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Sessão de terapia

O que Preciso Saber Antes de começar? 

Saiba quais são as informações dicas e orientações importantes para iniciar um processo de psicoterapia lendo o texto abaixo.

Comece pelo por quê

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O primeiro passo, antes de tudo, consiste em compreender o que motiva a busca pela psicoterapia. Geralmente, as pessoas recorrem a esse serviço quando estão enfrentando sofrimento psicológico, como ansiedade, depressão ou dificuldades em controlar os pensamentos, entre outros desafios. No entanto, é importante salientar que a psicoterapia não se limita apenas à resolução de problemas; ela também pode ser um espaço para a prevenção e a promoção de mudanças no estilo de vida.

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Quando falamos de prevenção, estamos nos referindo à abordagem proativa de questões antes que elas se agravem até um ponto de crise. Embora altamente benéfica, essa abordagem nem sempre é comum, uma vez que muitas pessoas ainda acreditam que é necessário enfrentar um grande sofrimento para justificar a busca por ajuda profissional na área da saúde mental. É crucial, portanto, considerar se mesmo um desconforto leve poderia ser motivo para procurar auxílio de um profissional.

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Além disso, é fundamental compreender que a psicoterapia não se restringe ao tratamento de transtornos e sintomas psicológicos específicos; ela pode ter um escopo muito mais amplo, englobando mudanças de hábitos e estilo de vida. Por exemplo, se alguém enfrenta problemas de sono, como insônia, além de consultar um médico, pode recorrer a um psicólogo para aprender técnicas comportamentais que auxiliem na regulação do sono. Da mesma forma, alguém que deseje desenvolver uma rotina de estudos e aprimorar sua carreira pode contar com a ajuda do psicólogo na elaboração de um plano de estudos com base em fundamentos científicos.

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O psicólogo, portanto, não é apenas um profissional que alivia sintomas; ele enxerga a saúde como um todo integrado, considerando diversos aspectos como existenciais, comportamentais, psicológicos, ambientais, entre outros. Sua área de atuação é vasta, e é importante ter isso em mente ao considerar a psicoterapia: quase todos os desafios vitais podem ser abordados com a ajuda de um psicólogo, lembrando sempre que as ferramentas utilizadas serão da área da psicologia, assim como o médico aplica a medicina. Por exemplo, o médico emprega tratamentos específicos para tratar um câncer, como quimioterapia e medicamentos, o psicólogo aborda os problemas através da lente da psicologia. O psicólogo não trata diretamente a doença em si, mas sim os aspectos psicológicos da pessoa que enfrenta essa situação, como suas crenças, emoções e conflitos internos. É fundamental compreender que o psicólogo atua principalmente com a mente e comportamento, e esses dois elementos estão intrinsecamente ligados à maioria das nossas ações e reações diárias. 

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Assim é importante levar essas informações em conta quando estamos pensando em começar um processo psicoterapêutico. 

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Entenda suas demandas e selecione uma abordagem

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Agora que você compreendeu a amplitude de atuação da psicologia e sua aplicabilidade em diversas situações, é crucial realizar um levantamento dos seus objetivos terapêuticos. Reflita sobre as áreas da sua vida que você gostaria de modificar. Uma técnica útil para isso é considerar o seu dia-a-dia em termos de excessos e faltas. Identifique as áreas em que você sente que há excessos, como consumo excessivo de álcool, procrastinação ou preocupações desmedidas. Em seguida, pense nas áreas em que você sente falta de algo, como motivação, amizades mais próximas ou sentir-se ouvido pelos outros. Esse exercício simples pode ser um primeiro passo valioso na sua jornada terapêutica. Após essa reflexão, é importante ponderar sobre qual profissional pode compreender melhor suas questões e auxiliá-lo nesse processo de transformação.

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Como mencionado anteriormente, embora a psicologia abranja uma ampla gama de abordagens, nem todos os psicólogos estão igualmente preparados para lidar com todas as demandas. Cada abordagem tem suas próprias técnicas e perspectivas, o que significa que um mesmo problema pode ser abordado de maneiras diferentes, com soluções diversas. Por exemplo, eu trabalho principalmente com terapia cognitivo-comportamental, o que implica em desenvolver estratégias junto ao paciente para flexibilizar seus pensamentos e adaptar seu comportamento ao ambiente atual. Embora reconheça a importância do passado, esta abordagem tende a focar menos nele. Por outro lado, se o paciente deseja explorar mais profundamente as raízes de seus padrões de comportamento, a abordagem psicanalítica pode ser mais adequada. Recomendo que o paciente se familiarize com diferentes abordagens lendo breves artigos na internet. Algumas sugestões incluem: Terapia Cognitivo-Comportamental, Terapia Comportamental, Psicanálise Freudiana, Psicanálise Lacaniana, Psicanálise Kleiniana, Terapia Gestalt, Terapia Junguiana, Terapia de Aceitação e Compromisso, e Terapia de Dialética Comportamental. Essa leitura inicial pode ajudar na escolha do profissional mais adequado às suas necessidades.

 

 

Escolha um profissional

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Agora que já exploramos um pouco sobre as abordagens, é fundamental selecionar um profissional adequado. A abordagem de um psicólogo não é o único critério para decidir se ele é a escolha certa para você, pois há aspectos mais subjetivos a considerar. É importante que você sinta afinidade com o profissional. A personalidade do terapeuta é tão relevante quanto a abordagem em si. Estudos mostram que o sucesso da terapia está intrinsecamente ligado à relação entre paciente e terapeuta, e essa relação é altamente subjetiva. Assim como cada pessoa possui uma equação pessoal, o psicólogo também possui suas próprias idiossincrasias, manias, filosofias e visão de mundo. Sugiro que você busque um psicólogo com quem se identifique e que também o desafie a evoluir, garantindo que a terapia não se limite a meros consensos sobre suas qualidades, mas sim que promova um verdadeiro crescimento. Falando em qualidades essenciais de um terapeuta, apresento algumas que considero fundamentais:

 

Imparcialidade Realista: Um bom terapeuta não age como juiz da vida do paciente, mas se esforça para entender sua perspectiva e manter imparcialidade ao mesmo tempo em que desafia suas visões de mundo de maneira construtiva, com base em sua expertise. Por exemplo, o terapeuta deve respeitar as crenças religiosas do paciente, mas se uma delas prejudica seu bem-estar, como o sentimento de pecado por pensamentos, o terapeuta pode sugerir, de forma não invasiva, uma perspectiva mais saudável, lembrando que todos somos falíveis e que não controlamos necessariamente nossos pensamentos, mas sim nossas ações.

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Afetuosidade Consciente: Empatia, abertura e compaixão são cruciais em uma relação terapêutica. O terapeuta deve celebrar os avanços do paciente, mas mantendo uma distância saudável, evitando ser uma muleta emocional ou ultrapassar limites profissionais. É importante lembrar que o terapeuta não é um amigo, mas sim um profissional comprometido com o bem-estar do paciente, dentro de uma conduta ética.

 

Curiosidade Colaborativa: O terapeuta deve ser curioso sobre a vida do paciente e estar disposto a explorar suas causas e desafios de forma colaborativa. É essencial que o terapeuta aprecie a psicologia e busque constantemente atualizar-se, oferecendo diferentes perspectivas e evitando rigidez dogmática. É preferível que o terapeuta admita quando não sabe algo e se comprometa a pesquisar, em vez de oferecer respostas baseadas em informações imprecisas ou tradição clínica.

 

Disponibilidade Saudável: O terapeuta deve ser acessível ao paciente, mantendo uma agenda razoável para acomodar reagendamentos e imprevistos. No entanto, é igualmente importante que o terapeuta estabeleça seus próprios limites, reservando tempo para descanso e recarga, o que contribui para um tratamento mais eficaz. Assim, o terapeuta atua também como um guia que define limites, essenciais para todos os envolvidos.

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Essas são apenas algumas das qualidades essenciais que considero importantes em um terapeuta. Cada pessoa terá suas preferências individuais, por isso recomendo uma sessão experimental com pelo menos três profissionais para avaliar qual se encaixa melhor em sua equação pessoal. Uma única sessão não fornecerá todas as respostas, mas já é um bom ponto de partida para compreender a dinâmica do tratamento e determinar sua afinidade com o profissional. Como diz o ditado, a primeira impressão é a que fica.

 

 

Anote, tire dúvidas, faça as práticas, é o seu processo

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Você selecionou seu terapeuta e começou o processo terapêutico. Agora, é essencial considerar alguns cuidados e dicas úteis. É fundamental que o paciente compreenda que a psicoterapia é um processo colaborativo, no qual ele é co-responsável junto com o terapeuta pelo sucesso dessa jornada. Portanto, é importante expressar sentimentos, fornecer feedback sobre as sessões e sugerir temas a serem tratados. Não espere que o terapeuta tome a iniciativa para sugerir tópicos; é mais colaborativo quando o paciente traz suas questões, já que é ele quem está vivenciando o desconforto. Admitir para o terapeuta que não se tem clareza dos problemas já é um direcionamento.

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Outro aspecto importante é manter um caderninho para anotar os pontos discutidos na terapia. Nem sempre o terapeuta lembrará de tudo, e fazer anotações facilita a implementação das mudanças na vida do paciente. É melhor usar papel, pois parece promover melhor retenção e aprendizado.

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Sempre esclareça dúvidas com seu terapeuta e comunique-se se algo não estiver claro ou se sentir desconfortável com algum aspecto da terapia. É importante que o paciente se sinta confortável em fazer isso, pois todos erramos e a humildade e autoconsciência das limitações são características que trazem muita saúde para a relação terapêutica.

É normal que nem todas as sessões sejam brilhantes, mas todas devem ser úteis para o paciente. A psicoterapia é um processo gradual e acumulativo. Natura non facit saltus, a natureza não dá saltos,  e o processo psicoterapêutico também não. Portanto, não se desanime, pois cada sessão contribui para o progresso.

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Se deseja entender mais sobre os princípios que regem a terapia, discuta isso com seu terapeuta. A psicoeducação pode ajudá-lo a compreender melhor as causas dos seus problemas e desenvolver uma linguagem mais precisa para discuti-los.Um exemplo pessoal é um paciente que ensinei o conceito de supressão de pensamento e o que isso podia causar, o paciente passou a ter mais repertório para entender seu problema e também identificar quando estava realizando esse processo pouco saudavel. 

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Tente realizar as mudanças ou exercícios que o terapeuta te passar em sessão: a maioria dos terapeutas oferece recursos para o paciente fora da clínica, como algumas práticas comportamentais, escrita criativa, cartões com lembretes para enfrentar situações, etc. Esses recursos não são apenas elementos estéticos ou opcionais; eles são muito importantes para a psicoterapia. Claro, o terapeuta deve ter paciência com o paciente e nunca deve fazê-lo se sentir inadequado por não realizar um exercício, mas deve tentar construir uma visão positiva do paciente para essas práticas e mostrar-lhe como é essencial que ele realize essas mudanças, pois esses exercícios garantirão a autonomia gradual do paciente e sua capacidade de manter-se estável e com boa saúde mental longe do terapeuta. Percebo que os casos em que a pessoa não segue as práticas têm efeito, mas esse é mais demorado e também a pessoa fica mais vulnerável em momentos em que fica sem a psicoterapia por longo período (ex. um mês).

 

Espero que estas dicas sejam úteis. Estou à disposição para responder a quaisquer dúvidas e, se desejar iniciar este processo comigo, é só acessar o botão abaixo para agendarmos uma sessão.

 

 

Dedone Psicologia

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